Transformação na Vistoria de Imóveis: A Revolução dos Drones

Desde 2012, em Niterói, existe a obrigatoriedade de vistorias em imóveis, com frequência que varia de acordo com a idade da construção: a cada dez anos para aqueles com até 25 anos, e a cada cinco anos para imóveis mais antigos. Para tornar essa fiscalização mais econômica e eficiente, muitas imobiliárias estão adotando o uso de drones. Segundo Wady Addum, engenheiro da JEA Engenharia, as aeronaves não tripuladas eliminam a necessidade de andaimes e reduzem a contratação de profissionais especializados, além de acelerar a elaboração dos laudos.

O uso de drones também se destaca pela sua capacidade de acessar áreas complicadas, como fachadas altas e telhados de galpões em construção. Fabricio Calheiros Coutinho, sócio-gestor da Ouvert Construções, aponta como grande benefício a diminuição de erros, já que os drones oferecem visualizações detalhadas que ajudam a identificar falhas e desgastes.

O serviço de aerofotogrametria custa em torno de R$ 1.500, incluindo a produção de um vídeo. Contudo, é importante ressalvar que operar um drone não é uma tarefa simples. Segundo Simione Campelo, gestor da Dronave Soluções Aéreas, apenas uma fração dos drones em operação possui certificações adequadas emitidas por órgãos como Anatel e Anac. Ele ainda destaca que existem regulamentações específicas para o uso de drones, que incluem a exigência de idade mínima para os pilotos e restrições de altitude e locais de operação.

Com o crescimento no uso desses equipamentos, as vistorias em imóveis estão se modernizando, promovendo um uso mais eficaz da tecnologia no mercado imobiliário.